A minha realidade
Quero chorar
Mas chorar já não consigo
Quero gritar
Mas meus gritos jamais serão ouvidos
Até aquilo que chamo inspiração
Parece fugir-me da mão.
Quero-me libertar
Mas fugir não consigo
Quero falar
Mas ninguém escuta o que digo..
E o meu frio coração
Chora sem emoção.
Traí eu a vida?
Porque a sinto eu corrompida?
Até este mundo inanimado
Me parece um teatro sofisticado
Onde a mentira
Mantém a tristeza colorida.
O calor não me aquece
O frio não me arrefece
Mas a dor...
Com todo o seu poder
De me fazer arder
Me minimiza ao horror.
Os caminhos a percorrer
Já não os consigo ver
E continuo a deambular
Sem ninguém para me guiar
Nem sequer para me aliviar
Do nada que me está a atormentar.
Quero tudo partir
Quero minha vida destruir
Quero voltar a sorrir
Com a verdade merecida
Nesta luta sofrida
Na realidade mentida.
Que fiz eu...
Para te ver chorar?
Que fiz eu...
Para agora te amar?
Que fiz eu...
Para minh’alma se despedaçar?
A colorida infância
Não passa de uma lembrança
De tempos idos
E agora sofridos
Em que o desejo de salvação
É abafado pela doce solidão.
A luz
Não me seduz
Mas a Lua...
Ter-me-á sempre sua...
A eterna amante
Da tristeza deambulante.
O meu mundo de fantasia
Que alegre me mantinha
Já não satisfaz meu ser...
Pois continuo a arder
Por detrás desta máscara
Que cada dia faço minha
Aquilo que procuro
Perdeu-se no escuro
E a melodia tocada docemente
Diluíu-se na obscuridade
No momento em que a vida
Para o silêncio caminha...
Mas chorar já não consigo
Quero gritar
Mas meus gritos jamais serão ouvidos
Até aquilo que chamo inspiração
Parece fugir-me da mão.
Quero-me libertar
Mas fugir não consigo
Quero falar
Mas ninguém escuta o que digo..
E o meu frio coração
Chora sem emoção.
Traí eu a vida?
Porque a sinto eu corrompida?
Até este mundo inanimado
Me parece um teatro sofisticado
Onde a mentira
Mantém a tristeza colorida.
O calor não me aquece
O frio não me arrefece
Mas a dor...
Com todo o seu poder
De me fazer arder
Me minimiza ao horror.
Os caminhos a percorrer
Já não os consigo ver
E continuo a deambular
Sem ninguém para me guiar
Nem sequer para me aliviar
Do nada que me está a atormentar.
Quero tudo partir
Quero minha vida destruir
Quero voltar a sorrir
Com a verdade merecida
Nesta luta sofrida
Na realidade mentida.
Que fiz eu...
Para te ver chorar?
Que fiz eu...
Para agora te amar?
Que fiz eu...
Para minh’alma se despedaçar?
A colorida infância
Não passa de uma lembrança
De tempos idos
E agora sofridos
Em que o desejo de salvação
É abafado pela doce solidão.
A luz
Não me seduz
Mas a Lua...
Ter-me-á sempre sua...
A eterna amante
Da tristeza deambulante.
O meu mundo de fantasia
Que alegre me mantinha
Já não satisfaz meu ser...
Pois continuo a arder
Por detrás desta máscara
Que cada dia faço minha
Aquilo que procuro
Perdeu-se no escuro
E a melodia tocada docemente
Diluíu-se na obscuridade
No momento em que a vida
Para o silêncio caminha...
2 Comments:
Lindo. Mesmo lindo.
Prometeu
Tenho que concordar com o Prometeu é um poema lindo, eu talvez ache um pouco pessimista e mostra que o autor está com raiva da vida e ao mesmo tempo tristeza, parece que nada faz com que o autor consiga olhar a vida com positivismo.
Eu gostei especialmente numa parte porque me faz lembrar um poema de um autor que eu gosto muito que é Fernando Pessoa, mais precisamente o heterónimo Álvaro de Campos esse poema é o Aniversário. A parte do poema é "A colorida infância...", mas no poema de Álvaro de Campos a infância é mais que uma lembrança é a altura onde ninguém estava morto.
Se por acaso não conhecerem ou tiverem interesse em ler o poema é ir a este link:
http://www.insite.com.br/art/pessoa/ficcoes/acampos/473.html
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