Evanescência
Cadentes estrelas
que ditam sortes
e verdades perenes
que alma alguma concebe.
Irados astros
que riscam o firmamento
e morrem num tormento
de calor e chamas.
Retrocede e olha
para as obras que semeaste;
se o vento as não levou
verás que não reconhecem
que as criaste.
Fortaleces a tua projecção
com a menção
a projectos, ideias e nomes
que mais tarde serão
conceitos anónimos
conhecidos por si mesmos sem ti.
Deixas uma pegada na areia
que se desvanece por razões mil:
sopra o vento e tomba a onda
e logo se apaga a marca
de que estiveste ali.
Existências diluídas
por Chronos destruídas
são o que resta
da pútrida aliança
que a carne faz com a Vida
no breve instante
de (in)sanidade errante
que tão carinhosamente prezamos.
que ditam sortes
e verdades perenes
que alma alguma concebe.
Irados astros
que riscam o firmamento
e morrem num tormento
de calor e chamas.
Retrocede e olha
para as obras que semeaste;
se o vento as não levou
verás que não reconhecem
que as criaste.
Fortaleces a tua projecção
com a menção
a projectos, ideias e nomes
que mais tarde serão
conceitos anónimos
conhecidos por si mesmos sem ti.
Deixas uma pegada na areia
que se desvanece por razões mil:
sopra o vento e tomba a onda
e logo se apaga a marca
de que estiveste ali.
Existências diluídas
por Chronos destruídas
são o que resta
da pútrida aliança
que a carne faz com a Vida
no breve instante
de (in)sanidade errante
que tão carinhosamente prezamos.
posted by Daniel Cardoso at 19:57
3 Comments:
As nossas pegadas n deixam rasto, apagam-se , parece que a nossa vida muitas vez não faz sentido. A existência, como sobejamente todos sabem é efémera e o final é sempre o mesmo. A única fuga é a arte, a palavra, a pintura, que nos fazem elevar acima da vulgar existência para mergulhar no surreal mundo da fantasia, para também fazermos algo que se destaque. Um dia morreremos, a carne apodrecerá, mas os feitos de alguns ficarão gravados. São essas pegadas que resistem à amnésia do tempo.
Ficam essas coisas, mas será que nós ficamos com elas? Não se separam elas de nós?
Prometeu
EU acho que nenhuma pegada consegue resistir ao tempo, o Prometeu no seu comentário pergunta se as coisas não se separam de nós, e eu acho que sim, porque por muito que uma pessoa tenha sido marcante para humanidade, não é essa pessoa que fica na memória, mas cim o seu feito, nós não nos lembramos de Einstein por ser traquinas ou porque na escola não era muito bom, nós lembramos dele pela sua teoria, pelo seu feito, por isso é que quando nós morrermos haverá as pegadas que permanecem um pouco mais, nas pessoas que nós marcamos, mas depois essas iram também morrer e então nõa haverá mais nenhuma pegada nossa no mundo.
Mas isto é a vida, chegamos, vivemos, partimos e nunca mais seremos lembrados é como se não tivessemos existido.
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